Bárbara de Pina Cabral
Doutoranda em Filosofia na Universidade de São Paulo (FFLCH/USP)
São Paulo, Brasil
barbaracabral@usp.br
Resumo
Este artigo busca entender as conexões entre genealogia individual e narrativas globais, especialmente no contexto de opressão, apagamento e resistência vivenciados por “mulheres de cor”. Destaca-se o confronto entre a narrativa hegemônica e as “histórias esquecidas”. Nessa disputa, o eu é fraturado, dividido entre histórias atribuídas e aquelas apagadas. Ao mapear vidas de mulheres brasileiras, revelam-se aspectos da colonialidade e do gênero, focando nas dinâmicas complexas que moldam a identidade individual e coletiva. Lugones lembra que essas dinâmicas são enraizadas na colonialidade, sistema que perpetua hierarquias de poder e dominação. Reconhecer as “histórias esquecidas” como parte do eu desafia as estruturas de poder e promove uma subjetividade ativa. Palavras-chave: colonialidade, gênero, genealogia, resistência, identidade.
Abstract
This article explores the connections between individual genealogy and global narratives, particularly in the context of oppression, erasure, and resistance experienced by “women of color”. It highlights the clash between hegemonic narrative and “forgotten histories”. In this narrative struggle, the self is fractured, divided between attributed and erased stories. Mapping the lives of Brazilian women reveals aspects of coloniality and gender, focusing on complex dynamics shaping both individual and collective identity. Lugones reminds us that these dynamics are rooted in coloniality, a system that perpetuates power hierarchies. Recognizing “forgotten histories” as part of the self challenges power structures and promotes active subjectivity.
Keywords: coloniality, gender, genealogy, resistance, identity.
